Uma maior felicidade

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Enquanto houver forças para amparar deverá, assim, ser o propósito para o coração sentir-se feliz. Não existe tão pouco que não possa ser o bastante a alguém. Essas verdades navegam de um oceano a outro, de um céu a outro e entre todo esse espaço são inumeráveis os que precisam e são inumeráveis os que podem auxiliar. A bondade necessita ser despertada para que nossa responsabilidade coletiva floresça e possa querer cuidar.

Não é possível ser feliz se tantos corações ainda choram, se tantas barriguinhas sentem fome, se o desrespeito é o primeiro a se apresentar, se a perversidade é valorizada, se a intolerância machuca, se a indiferença grita, se pessoas desvalidas são empurradas à margem de uma sociedade mais egoísta que solidária, não é possível ser feliz quando os nossos olhos ainda não querem seguir os passos de Jesus. A felicidade é um estado de espírito e tudo está interligado no Universo que só devolve o que recebeu.

Mas é tão possível ter esperança quando se vê a fraternidade apresentar-se com a doação do pouco que se tem, do amparo de quem também precisa ter, do carinho tão imenso que cobre um mar de dor, da única satisfação em ver o outro sorrir, da preocupação em abrandar o sofrimento alheio, de tudo o que pode ser feito para simplesmente transformar em um mundo mais feliz. E a esperança se fortalece quando se percebe que em meio a tanta desordem a bondade é maior do que a sua parte contrária, apenas é mais calma e silenciosa enquanto o seu oposto é barulhento em sua loucura covarde.

Não há comparação entre o bem e o mal apenas o infinito abismo em que normalmente o mal tende a se perder. Nenhum sorriso verdadeiro nasceu a não ser por belas ações enlaçadas por amor. E dessa forma continuará.

Todo coração deverá conhecer três nobres lições: amar, cuidar e compartilhar. E quando naturalmente estiver assim realizando, o seu universo compreenderá perfeitamente o que é ser feliz.

(Cínthia Cortegoso)

A adoção é um sinônimo de (re)encontro

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De Londrina-PR

Há pais que tanto desejam filhos e filhos que sonham em ter pais, e, por algum motivo, essas duas partes veem seus desejos estéreis. Há pais que passam décadas tentando todas as receitas para terem os filhos de sangue, e não conseguem. Há também filhos que insistem em viver com os pais de sangue, e não são correspondidos. Os acontecimentos da vida são mais possíveis quando o amor existe.

O maior laço entre pais e filhos é o amor, a partir disso, tudo se conquista e ainda o amor não se importa nenhum pouco se o laço de sangue está presente. Quantas criaturinhas são abandonadas por diversos motivos, mas independente disso, filhos querem ter pais. E a vida arranja os meios para que muitos filhos e pais se (re)encontrem e possam fazer brotar a alegria para os dois universos.

Talvez não existam tantas outras cenas tão emocionantes – e isto já aconteceu inúmeras vezes ao redor do Planeta – quando em orfanatos ou locais que amparam crianças órfãs, os olhares de um possível adotado e seus adotantes se encontram pela primeira vez aqui e se reconhecem. As alegrias transbordam e já não há como uma parte viver sem a outra. Isso se chama bondade divina, pois, mais uma vez, a oportunidade de reparo ou somente feliz merecimento se apresenta diante dos espíritos relacionados. E nenhuma folha de árvore cai sem o consentimento do Pai.

No tempo certo e na presença dos pais e filhos (re)encontrados, uma nova história começa a ser vivida, história sobre amar ainda mais do que já se amou, doar ainda mais do que um dia já se doou, perdoar mais do que já se perdoou. Uma nova história começa na qual os mais profundos e belos capítulos possam ser escritos na existência, cujas partes possam ser mais felizes do que já foram, mais companheiras do que já se puderam lembrar, mais conscientes do amor entre si, cujas partes possam crescer igualmente com respeito mútuo e carinho infinito.

E tantos pais e filhos desejam (re)encontrar-se para que a felicidade volte um pouco ao coração. E os amanheceres aguardam muitos desses (re)encontros, pois o que sempre importará é quanto de amor se tem para doar.

Os orfanatos e lares amparadores deveriam também ser conhecidos como baús de ouro, pois quantos tesouros aguardam ser (re)encontrados, ou ainda, céu de luzes já que incontáveis estrelinhas aguardam um lar para brilharem junto de seus pais.

Sinceramente, pais só serão felizes quando encontrarem seus filhos ligados exclusivamente pela lei do amor, nada mais importa.

(Cínthia Cortegoso)

Somente Deus

Respostas Bíblicas | O que significa que Deus é Onipresente? | Somos de  Cristo

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Um dos grandes princípios é saber que somente Deus pode dar a vida ou deve retirá-la de acordo com os seus desígnios, pois Ele tudo sabe mesmo antes de existir. Somente Deus deve decidir quem viverá ou não. Somos apenas simples seres e os dias aqui é que nos dão, principalmente, a experiência e a condição para o nosso crescimento.

As mães e os seus bebês devem ser valorizados como pérolas e cristais, como a chuva sobre as flores, como o ar puro das manhãs, como a água limpa e fresca, como o amor que alimenta a alma, como o pão que abranda a fome, como o olhar ao céu vendo Deus. As mães e os seus bebês são as rainhas e os príncipes e princesas que iluminam todo um reinado… a vida. E se a mãe se vê sem o seu filho – por vontade ou forçosamente − certamente nunca mais será a mesma mulher; se o filho se vê sem sua mãe, aqui ou lá, não será mais a estrela feliz.

Ambos possuem a vida criada por Deus e não têm o direito de exterminar essa vida, nenhuma jovem mãe e nenhum filho já crescido. O pequenino precisa da mãe em tempo integral para que os laços se fortaleçam, é o reencontro entre dois espíritos, com motivo, tempo e lugar estabelecidos.

Não há equívocos nos arranjos familiares – espíritos encaminhados em comum acordo ou necessidade −, há somente puro amor de Deus em benefício do aprimoramento dos Seus filhos. Ainda que uma gravidez inesperada surja, possui o seu objetivo e o espírito gestante tem relação direta com o espírito aguardado. Não há equívoco na vida. Há, sim, ação e reação, a lei universal.

Se antecipadamente ao que seria o nosso nascimento, a nossa vida tivesse sido ceifada, como estaríamos? Não teríamos vindo a mais uma vivência, oportunidade bendita; não teríamos amado, sofrido, aprendido, acertado, errado, sorrido, visto; não teríamos feito nada de tudo o que já fizemos, na verdade não teríamos vivido aqui nem progredido mais um pouco. Não teríamos encontrado tantos outros espíritos necessários; não teríamos realizado o que devemos, aprendido um pouquinho mais sobre a grandeza de Deus; não teríamos recebido nem dado amor; amparado nem sido amparados; não teríamos feito as preces diárias nem dado os abraços apertados. Se a nossa mãe nos tivesse abortado, certamente as lindas manhãs demorariam para amanhecer em nossa vida, seria mais céu cinza, solitário e infeliz.

Ou mais fácil ou mais difícil, a nossa mãe nos garantiu a vida e estamos aqui hoje. Gratidão.

E nas orações de coração puro, Deus nos diz sempre que só quer os Seus filhos felizes, com vida e toda luz que puderem sentir.

(Cínthia Cortegoso)

Os milagres na vida

Mãos segurando uma flor-de-rosa | Foto Grátis

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Para tantos casos mais difíceis, espera-se um milagre. Penso que os milagres sejam algo bem mais simples, ou seja, o resultado de todas as nossas boas ações. Se tudo o que fazemos, de alguma forma, nos fica ligado basta observarmos quanto de bem e quanto de imperfeição fazem parte de nossa história. Naturalmente se praticamos mais amor, maior será o bom retorno e os muitos “milagres”, lei natural.

Então, como as palavras “Dai a César o que é de César”, assim a vida compreende e nos livra ou não de muitos dissabores, segundo a nossa plantação. Quando se compreende que tudo rege a medida de ação e reação, também se compreende o porquê de algumas pessoas receberem bem mais “milagres” que outras. Observemos os comportamentos e entenderemos que não há ninguém injustiçado ou recompensado por aquilo que não conquistou.

A vida respeita a lei do Criador e nenhum filho está excluso, todos são amados com a mesma intensidade pelo Pai. Há apenas a notável diferença de como cada filho recebe o presente que é viver. E até mesmo em nossa ilimitada ignorância, podemos diferenciar uma pessoa com boas atitudes e outra com infelizes e é tão claro o andamento de cada uma, ou melhor, os “milagres” para uma são bem mais do que os para outra.

A partir da compreensão dessa lei e da adequação aos bons propósitos, os “milagres” também começarão a acontecer em nossa vida. Quando fazemos o bem ele também se afeiçoa a nós e de várias maneiras deseja participar dos nossos dias e começa a proteger-nos com todo amor, ele nos livra de tantas tribulações e nos cria meios felizes para seguirmos.

Jesus nos mostrou tantos milagres e nos disse que na morada do Pai há sempre a luz e o amor. Portanto não há mais nada a se falar, apenas viver sob as lindas lições de Jesus.

E quando estivermos vivendo com muito amor e bondade perceberemos a abundância dos milagres em nossa vida, simples assim.

(Cínthia Cortegoso)

Promova a felicidade e será feliz

SOBRE OS FELIZES - Blog Consultório Sentimental

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

Muito se ouve: Quero tanto ser feliz!

Mas será que quem tanto o deseja já pensou que “a melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros”? Essa pergunta já era a afirmação de Confúcio. Pensamos muito facilmente que somos mais importantes do que os outros e esse pensamento presunçoso nos atrasa, curiosamente, a sermos felizes.

Em vez de perdermos tanto tempo buscando uma felicidade que não virá se não houver a ação, por que não promovermos a felicidade para alguém? Sentiremos, então, uma das mais belas sensações. Felicidade é felicidade em todos os lugares e momentos, como a sentimos é que fará a diferença.

Penso que esse sentimento deveria ser como quando observando alguém a sorrir, sem se dar conta, já se sorri também: contagiante. Penso ainda que a preocupação não deveria ser apenas em querer ser feliz, mas dirimir sentimentos negativos que naturalmente impedem a felicidade e tantas outras benéficas condições.

Em vez de reclamarmos do pouco que não temos agradecermos o muito que já nos pertence; se nos tirarmos um pouquinho que seja do foco das atenções e observarmos um cenário mais amplo poderemos ver outros olhos, outros sorrisos, outras pessoas que bem mais necessitam de tudo e se ainda olharmos para o céu poderemos sentir que o que não é bom é infinitamente menor do que o que nos traz felicidade e esta nunca foi e nem será algo a se ver, mas um estado de espírito a ser conquistado.

Doe-se e verá um sorriso; coopere e sentirá a leveza; ouça e curará um coração; brinque com uma criança e também ficará alegre; estenda a mão e olhos brilhantes lhe agradecerão; seja luz e iluminará vidas; seja amor e trará paz.

A máxima “faça ao próximo o que deseja a si” é tão perfeita que alcança completamente o campo do progresso e uma de suas ramificações tão sábias é simplesmente faça alguém feliz que encontrará a felicidade.

Muitos sorrisos verdadeiros nascerão quando houver a compreensão de que somos seres integrados ao cosmo e não seres individuais e solitários.

(Cínthia Cortegoso)

As raízes e os galhos de uma árvore

Árvore da Vida - os significados celta e bíblico

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

Nosso coração, na verdade, deveria ser como a árvore que cresce, desenvolve boas raízes e floresce livremente. Nenhuma árvore de sombra frondosa e protetora se manterá se não houver raízes longas e fortes. Então, esse desenvolvimento ocorrerá – tanto para a árvore quanto para o coração − por meio da disciplina, sabedoria, empenho.

Quando as copas de algumas árvores são mais altas, essas árvores poderão olhar a floresta e sentir como é linda e magnânima a vista, ao passo que quando apenas se pode ter uma visão muito aproximada e restrita torna-se bastante desanimador e o terreno fértil parece não existir. Nas florestas, a maioria das árvores ampara de alguma forma outras, porém também há as que não amparam nenhuma e ainda as que não desejam ser amparadas. Mas a árvore sempre será um grande exemplo.

Comumente, os pássaros desejarão descansar nas árvores, observar para qual lugar irem e, com a decisão, impulsionarem-se, com o apoio dos galhos, para a continuidade de seu voo. E quando nos tornarmos árvores fortes, com raízes profundas, além de deixarmos uma estrada mais bonita poderemos também propiciar um caminho melhor aos pássaros e humanos que precisarem.

As raízes só poderão ser de boa qualidade se a energia for assim, pois até quando, avulsos, esgotantes ou perdidos sentimentos existirem, também será a forma da raiz ou do espírito, fracos e desorientados.

E se nossos corações se tornarem árvores florescendo é porque crescemos e poderemos florescer nas atitudes, pensamentos e palavras e como aquelas copas altas na floresta, nossa alma poderá, então, elevar-se e começar a sentir a luz que os anjos tanto anunciam e incansavelmente tentam nos mostrar.

E ainda quando nossas raízes estiverem fortalecidas poderemos espalhar nossos galhos para muitos pássaros também pousarem e seremos bases sem mais perdermos a liberdade.

(Cínthia Cortegoso)

Se assim prometer

A ilusão da Lua no horizonte – Espaço do Conhecimento UFMG

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

As palavras possuem muita força, principalmente as faladas com intenção, quanto mais as promessas. Se para quem as promete sejam indiferentes, para quem as ouve e recebe podem ser a última salvação. Quando se assegura algo a alguém, então que seja promessa cumprida a não ser por alguma interferência maior, pois o coração que a ouviu certamente contará com o benefício, muitas vezes, vital ou tão somente pela confiança, tesouro para os nobres relacionamentos.

A cada novo dia, com a idade mais experiente, aprendemos que a palavra autêntica e posta em prática vale mais que baús de ouro, que a promessa anunciada e realizada são jarros de água fresca no deserto e que quanto mais segura for a palavra prometida mais luz chegará às almas.

Como a criança que olha profundamente nos olhos do adulto confiando e acreditando em cada palavra, quem necessita também assim confiará em quem lhe promete. Talvez não haja tantas outras sérias decepções quanto ao que não se cumpriu ao coração carecido e frágil no momento. Talvez olhos tão tristes não sejam tão visíveis em outras criaturas como em quem muito aguardou uma promessa que se diluiu.

A atenção com as palavras deveria ser como o embalar de um bebê nos braços, ou a delicadeza com que se colhe os flocos brancos de algodão, ou ainda a ternura de quando se abraça os avós idosos e debilitados, inteiramente com amor e cuidado. O sorriso e o olhar também deveriam ser como palavras verdadeiras. E quanto mais se vive, mais se aprende que os maiores valores são os que vão na memória e no coração.

Se tivermos um propósito de nos ouvirmos quando falamos ou prometemos algo e observarmos os olhos para quem o prometemos como se fossem os de um filho em tenra idade ou os de uma mãe, deveras cumpriremos todas as nossas promessas, pois esses olhares nos calam n’alma e nenhuma explicação a mais precisa. 

As palavras existem com o seu sentimento e quando as utilizarmos que estejamos cientes de sua força e da expectativa do outro olhar. E que no momento de nossas promessas estejamos diante de nossa mãe e de nosso filho para nos devolverem um sorriso de confiança e de esperança rumo a um caminho com mais flores e, o melhor, flores plantadas por nossas mãos.

(Cínthia Cortegoso)

Como tornar-se um pássaro

(O primeiro passo é aliviar o coração.)

Pássaro Voo Animal - Foto gratuita no Pixabay

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De Londrina-PR

Penso que os pássaros sejam o sinônimo da liberdade que um dia desejamos alcançar. Eles voam para altos ares, ou médios ou ainda dão rápidos rasantes tentando nos encorajar como se dissessem: vocês também podem voar. Mas penso, como poderíamos? Outros pássaros, nos muros ou galhos baixos, nos olham como se também dissessem: libertem-se dos fardos carregados em si.

E olho o bem-te-vi que parado canta tão livre e lindamente como se tentasse nos mostrar como a vida pode ter melodia e leveza. Observo, com tanta alegria, os pássaros e mais entendo como podemos sê-los mais que só duros humanos. Os belos pássaros não pensam em acumular bens, nem a custo algum saciar os seus supérfluos desejos, muito menos ferir o seu próximo ou pôr em risco o meio no qual vivem. Eles querem conhecer novos céus e lugares, adoram ver o bando aumentar, pois reconhecem o aconchego e a segurança que isso faz nascer.

Nenhuma criatura consegue ser feliz sem liberdade, aliás, quem pode estar bem com amarras no corpo ou na alma? Amarras essas de inúmeras formas: mágoa, perdão negado, palavra não dita ou ofensiva, ausência de carinho, negação do amor, remorso criado pelo orgulho ferido, egoísmo doído, respeito ausente, gratidão recolhida. É verdade que esses desequilíbrios, os pássaros não têm, pois se assim os tivessem não seriam capazes dos maravilhosos desenhos e voos nos céus. Eles são leves.

Se o tempo que nos pertence é o de um dia de cada vez, então que sejamos o nosso melhor como se houvesse realmente apenas as 24 horas presentes. E como tanto já ouvimos de pessoas que, em situações críticas na vida, imploraram por apenas mais um dia para se reconciliarem com alguém ou resolverem alguma pendência façamos com bom uso o exemplo e aproveitemos com agradecimento cada dia sem tamanha preocupação com os acontecimentos do passado nem com os do futuro, observemos a água que corre no rio.

E quando os nossos fardos forem aliviados, então iniciaremos o aprendizado de como nos tornarmos pássaros.

(Cínthia Cortegoso)

Quem eu sou?

(Who am I?)

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De Londrina-PR

Quem eu sou?

Será que um dia já nos perguntamos isso?

Provavelmente a resposta será “não”.

Tantas coisas e acontecimentos na vida, com pessoas próximas, distantes, em lugares longínquos ou mesmo perto nos tiram o foco principal, “conhecer-se a si mesmo”. Queremos conhecer inúmeros países, cidades, assuntos, ler livros e mais livros, romances, de poesia, científicos, biográficos, e nos esquecemos de que temos a nossa própria biografia, gostos, anseios, medos, alegrias, curiosidades e que dentro de nós existe um imenso mar a ser atravessado e um vasto universo a ser compreendido.

A história nos comprova que vários foram os encontros e conquistas ocorridos a nem um metro de distância, eles foram conquistas e acontecimentos dentro do coração. Se percebermos, o que buscamos incansavelmente fora simplesmente só necessita ser observado em nós. A felicidade do outro é conquista própria, assim como cultura, conhecimento, desenvolvimento. O que de fato alegrará e satisfará serão as atitudes e esforços realizados por cada pessoa.

Será que sabemos o que nos faz bem? Ou quais são os nossos desejos verdadeiros? Será que já nos preocupamos conosco como fazemos com outras pessoas? Será que nos sacrificamos por nós como já fizemos por tantos terceiros? Será que um dia, com bastante carinho e amor, nos perguntamos o que desejamos fazer? Será que se ainda não foi feito poderá vir a ser algum dia? Espero que sim. (I hope so.)

E quando esse dia chegar, correremos pelo parque central de braços abertos, daremos mais risadas altas, comeremos sorvetes maiores e nossos olhos brilharão muito mais, pois bem além de quando conhecemos alguém por quem nos apaixonamos e ouvimos os sininhos mágicos estaremos encantados por nós mesmos, passaremos a nos conhecer e faremos tudo o que de melhor for para nós.

E então seremos verdadeiramente felizes.

(Cínthia Cortegoso)

Egoísmo, o caos humano

Dal favoloso mondo di Amélie a Thomas Hobbes: l'uomo è egoista o altruista?  - Il Superuovo

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De Londrina-PR

Os frutos do egoísmo são muitos, mas três determinantes para o sofrimento acentuado são infelicidade, atraso e destruição. Em todas as partes do Planeta, o egoísmo só gerou desolação material e principalmente espiritual. Não há sequer nenhum testemunho verdadeiro de que alguém, de fato, tenha conquistado maravilhas celestiais por meio dessa chaga.

A auto-observação é necessária, pois quando o egoísmo, triste enfermidade, começa a manifestar-se, é sutil e procura convencer-nos de que são apenas precauções a serem tomadas a evitar-se a escassez no futuro. Essa chaga é tão astuta que sorrateiramente ela salta de um estágio aparentemente inofensivo para graus absolutos de insensatez, irresponsabilidade e maldade. E quando se percebe, as atitudes guiadas pelo egoísmo começam a assustar e entristecer os corações que não compactuam com essa modalidade, porém muitos outros ainda se identificam e passam a fortalecê-las com a concordância.

Se pensarmos um pouco, tanto já ocorreu na Terra para promover o seu adiantamento – refiro-me aos espíritos que por aqui passam −, no entanto o progresso é lento para solidificar-se e o horizonte está distante, mas está lá. Também quantas lições já recebemos por meio dos acontecimentos. Somente começaremos a assimilar quando houver a compreensão de que não somos inimigos uns dos outros, estamos aqui para aprimorarmo-nos e seguirmos adiante, pois há lindas dimensões a serem conquistadas, e o maior é que Deus é o Pai de todos… igualmente.

Quando se reparte um pão entre mais pessoas, de forma visível é para mais pessoas que a fome foi abrandada e não a observação de que uma só deixou de comer mais. Faz-se necessária a reformulação de muitos conceitos, não há mais desculpas para tanto desarranjo entre os humanos. Simplesmente devemos entender que se somos irmãos, a partilha é a mais sensível conduta.

Não comemos quilos de arroz por dia, nem gastamos tanto dinheiro diariamente, também não precisamos ter pares de sapatos que nunca usaremos ou tantas peças de roupas para um só corpo. A arte do consumismo está enfraquecendo e o egoísmo começará a envergonhar-se por seu comportamento mesquinho.

Os dias nos ensinam que o compartilhamento assegura a continuidade e a verdadeira vida clama por passagem.

Nossa alma deseja ser completa e quanto mais nos aproximarmos de Deus perceberemos que a completude está no coração e não nos exagerados números de materialidade.

(Cínthia Cortegoso)