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Enquanto houver forças para amparar deverá, assim, ser o propósito para o coração sentir-se feliz. Não existe tão pouco que não possa ser o bastante a alguém. Essas verdades navegam de um oceano a outro, de um céu a outro e entre todo esse espaço são inumeráveis os que precisam e são inumeráveis os que podem auxiliar. A bondade necessita ser despertada para que nossa responsabilidade coletiva floresça e possa querer cuidar.
Não é possível ser feliz se tantos corações ainda choram, se tantas barriguinhas sentem fome, se o desrespeito é o primeiro a se apresentar, se a perversidade é valorizada, se a intolerância machuca, se a indiferença grita, se pessoas desvalidas são empurradas à margem de uma sociedade mais egoísta que solidária, não é possível ser feliz quando os nossos olhos ainda não querem seguir os passos de Jesus. A felicidade é um estado de espírito e tudo está interligado no Universo que só devolve o que recebeu.
Mas é tão possível ter esperança quando se vê a fraternidade apresentar-se com a doação do pouco que se tem, do amparo de quem também precisa ter, do carinho tão imenso que cobre um mar de dor, da única satisfação em ver o outro sorrir, da preocupação em abrandar o sofrimento alheio, de tudo o que pode ser feito para simplesmente transformar em um mundo mais feliz. E a esperança se fortalece quando se percebe que em meio a tanta desordem a bondade é maior do que a sua parte contrária, apenas é mais calma e silenciosa enquanto o seu oposto é barulhento em sua loucura covarde.
Não há comparação entre o bem e o mal apenas o infinito abismo em que normalmente o mal tende a se perder. Nenhum sorriso verdadeiro nasceu a não ser por belas ações enlaçadas por amor. E dessa forma continuará.
Todo coração deverá conhecer três nobres lições: amar, cuidar e compartilhar. E quando naturalmente estiver assim realizando, o seu universo compreenderá perfeitamente o que é ser feliz.
(Cínthia Cortegoso)