A fé é eterna consoladora

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Ninguém é “castigado” pelos atos inapropriados, mas como todos possuem o livre-arbítrio, gerador da reação da própria atitude e também da coletiva, houve, há e ainda haverá muitas colheitas dissaborosas. E a fé é uma das bênçãos estendidas. Deus, em sua bondade e sabedoria, criou os filhos para se desenvolverem, crescerem e criarem condições para a compreensão da vida em sua multiplicidade, porém, em todo esse caminho, o aprendizado real e a sua prática são necessários. E isso requer algo que abranda e ao mesmo tempo fortalece o coração.

A fé é lenitivo e impulso no campo da vida. Quando se mantém um coração aquecido e confiante também se cria a consciência de que os acontecimentos desesperadores possuem o seu desfecho, pois a dor e o mal não se eternizam.

Confiar na grandeza do bem deveria ser algo natural como inspirar o ar. Quando a confiança de que na vida há sempre o seu propósito e nenhuma criatura é esquecida, o caminho torna-se mais agradável e interessante e o valor da vida começa a brilhar tão lindamente.

Quando observamos duas pessoas com históricos de dificuldades, dores e alegrias e o grau de fé de cada uma, certamente a que nutriu mais fé durante o percurso, mesmo com maiores dificuldades, será mais sorridente, otimista e leve, pois confiar em dias melhores após os sombrios amanheceres é começar a compreender que o Pai é amor em toda a Sua plenitude.

Como numa escola terrena, sabe-se que para avançar é preciso prestar conta de quanto já se aprendeu e dependendo há questões fáceis e difíceis, mas há muita colaboração dos professores e do variado material para estudo. Provas difíceis haverá, mas com o sentimento de que há amparo e amor, mesmo a dura prova será suavizada, a dor passará mais rápido e haverá vontade de seguir adiante.

A fé, confiança possível a todos, nos dá o sentimento de que somos capazes de suportar os trechos mais duros e nos faz lembrar de que Deus é o nosso Pai, Onipotente e Onipresente.

(Cínthia Cortegoso)