A sensação dos próprios sentimentos

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Como somos espíritos, o nosso maior compromisso é o desenvolvimento espiritual. E como temos o discernimento intrínseco, compete à nossa escolha o caminho a seguir, lembrando-nos de que a cada decisão haverá um coerente horizonte.

É até bastante comum sentirmos uma emoção distinta da que estamos habituados, pois já nos conhecemos um pouco e podemos perceber se o sentimento é particular ou não. De repente, somos tomados por uma sensação um tanto desagradável que aparentemente não haveria motivo, no entanto continua e parece intensificar-se. Se não nos autoconhecemos, a ocorrência pode desenvolver um quadro de perturbação levando até a uma infeliz enfermidade. E da mesma maneira, uma sensação agradável pode invadir o nosso ser e tão gentilmente nos tomar e nos emocionar. Tudo isso é natural, pois os planos material e espiritual se fundem; distinguem-se apenas quanto à vibração.

Portanto, quando se discerne o próprio sentimento de outro que não seja, inicia-se uma nova fase do espírito na vivência terrena. E como é maravilhoso essa sutil emancipação. A partir dessa conquista, não há tanto mais sofrimento por algo desconhecido ‒ aflição só existe quando não se sabe o que é algo, não se sabe para onde nem como seguir ‒, pois a compreensão liberta de amarras que nunca existiram.

Perceber os próprios estados é sentir que, embora seja um Universo, cada ser possui sua individualidade e celebrará os seus méritos e se responsabilizará pelos atos ainda desequilibrados, porém sempre com a divina justiça plena. Assim sendo, quanto antes vier o conhecimento sobre os vários estados possíveis de vivenciar também antes virão os estados selecionados que preferir.

Não precisamos experienciar todos os estados, mas algo definitivo é que quanto mais corretos e bons forem os nossos caminhos na vida, mais estados felizes experimentaremos.

Se podemos conhecer mais campos de flores, por que escolher as montanhas secas e sem cor? E se escolhermos ser flores que possamos cultivar o nosso campo limpo, arado e fértil.

Normalmente os estados da alma refletem identicamente a nossa criação.

(Cínthia Cortegoso)

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